domingo, junho 30, 2013

Praça de Jorna



SOEIRO PEREIRA GOMES
capa e desenhos de Álvaro Cunhal

Lisboa, 1976
Organização dos Técnicos Agrícolas da Direcção da Organização Regional de Lisboa do Partido Comunista Português
[2.ª edição ? (1.ª edição ilustrada)]
20,9 com x 14,1 cm
24 págs.
ilustrado
acabamento com dois pontos em arame
exemplar estimado; miolo limpo
25,00 eur (IVA e portes incluídos)

«Para além dos notáveis romances e contos que escreveu, Soeiro Pereira Gomes produziu também textos políticos, em forma de cartas, folhetos ou artigos.
As questões abordadas eram variadas, como o foram as tarefas partidárias que desempenhou, particularmente na clandestinidade: o papel dos intelectuais na luta antifascista, a construção da unidade nacional contra a ditadura ou a utilização das praças de jorna para a conquista de direitos e para a luta pelo derrubamento do fascismo.
Neste último caso, escreveu em Agosto de 1946 Praça de Jorna. Nesse folheto, começa por clarificar o que eram as praças de jorna: “um mercado de mão-de-obra, a que vão assalariados e proprietários rurais (ou os seus delegados: os capatazes), e em que os primeiros, como vendedores, oferecem a sua força de trabalho, e os segundos, como compradores, oferecem o salário ou jorna, que é a paga de um dia de trabalho”.
Soeiro Pereira Gomes, que trabalhava então com os camponeses e operários agrícolas do Alto Ribatejo, rejeita a visão de alguns, segundo os quais as praças eram, ainda, “restos do antigo mercado de escravos e, portanto, desumanas e inteiramente condenáveis”. Afirmando, pelo contrário, que estas eram instituições capitalistas, realçava que as praças eram um processo mais “progressivo e mais útil de contratar trabalho do que o processo individual de contrato”. E insistia mesmo na ideia de que, nas condições do fascismo, poderiam ser úteis para a unidade camponesa e mesmo para a sua libertação do jugo fascista.
Que assim é provava-o, por exemplo, a resistência constante que o patronato opunha ao seu regular funcionamento. [...]
No entanto, prosseguia, “não basta lançar a palavra de ordem de formação de novas praças e defesa das que existem. É preciso organizar as praças de jornas para a luta”.  [...]» (Avante!, n.º 1.846, Lisboa, 16 de Abril, 2009)

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